2.7.09

Depois do PREC... o quê?

Divirto-me com algumas faixas do disco Novos Talentos Fnac 2009. Em casos como Samuel Úria, Os Quais ou O Governo, a mistura entre criatividade e qualidade está presente de forma refrescante, como poucos.

Revolutionary Road (Sam Mendes) é quase um título irónico. Existe mesmo alguma "estrada revolucionária" que seja levada completamente a sério por todos nós? Isto é, qual de nós seguiria uma vida assim? Queremos mesmo vivê-la? Alguém dá a mão aos prisioneiros da Alegoria da Caverna para os libertar, mas estes nem sempre escolhem(os) sair.

Parecia um trabalho de David Lynch, ou uma cena de Twin Peaks, ao triplo da velocidade. Tudo num só filme demasiado longo e rápido para ser completamente compreendido.

Acabei há pouco de ver Hunger(Fome), estreia de Steve McQueen sobre Bobby Sands e as detenções de membros do IRA nos tempos de Thatcher. Baseia-se muito na violência imagética durante a maior parte do filme, com apenas uma ocasião de diálogo Maior e, de facto, mais significativa: Põe toda as cartas na mesa e a beleza inerente ao filme, ao acto do protesto, aos ideais seja de quem for prostram-se diante de nós para as observarmos e reflectirmos.
É de inegável Beleza.


Eu já nasci depois da Queda do Muro de Berlim... e agora?

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